O indicador de equilíbrio fiscal adotado por Multi Cidades é calculado mediante o comparativo entre as despesas correntes somadas aos desembolsos com as amortizações de dívidas e a receita corrente. Quanto mais próxima ou superior de 100% for essa relação, pior é a condição fiscal do ente público.

Um bom nível de equilíbrio fiscal gera recursos excedentes para serem investidos na infraestrutura e em equipamentos urbanos, determinando a capacidade de investimento. Além disso, governos que apresentam uma margem apertada entre receitas e despesas correntes ou déficits recorrentes enfrentam um espaço fiscal limitado, o que pode resultar em prestação de serviços precários à população e até em atrasos no pagamento de fornecedores e servidores.  Um equilíbrio fiscal frágil também aumenta a exposição a riscos em períodos de quedas nas receitas correntes.

Após atingir seu melhor nível em 2021, com 87,6%, o indicador de equilíbrio fiscal piorou por dois anos consecutivos, chegando a 90,4% em 2022 e a 94,3% em 2023, retornando a patamares semelhantes aos de meados da década passada. Ou seja, reduziu-se a folga para investimentos. Nesse período, as despesas correntes mais as amortizações da dívida cresceram mais que as receitas correntes: em 2022, 12,8% contra 9,1%; em 2023, 8,8% contra 4,3%.